Git
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NOME

git-daemon - Um servidor realmente simples para os repositórios Git

RESUMO

git daemon [--verbose] [--syslog] [--export-all]
	     [--timeout=<n>] [--init-timeout=<n>] [--max-connections=<n>]
	     [--strict-paths] [--base-path=<caminho>] [--base-path-relaxed]
	     [--user-path | --user-path=<caminho>]
	     [--interpolated-path=<modelo-de-caminho>]
	     [--reuseaddr] [--detach] [--pid-file=<arquivo>]
	     [--enable=<serviço>] [--disable=<serviço>]
	     [--allow-override=<serviço>] [--forbid-override=<serviço>]
	     [--access-hook=<caminho>] [--[no-]informative-errors]
	     [--inetd |
	      [--listen=<host-ou-endereço-IP>] [--port=<n>]
	      [--user=<usuário> [--group=<grupo>]]]
	     [--log-destination=(stderr|syslog|none)]
	     [<diretório>…​]

DESCRIÇÃO

Um daemon TCP Git realmente simples e que normalmente escuta na porta "DEFAULT_GIT_PORT", também conhecida como 9418. Aguarda uma conexão solicitando um serviço e o servirá caso esteja ativo.

Ele verifica se o diretório possui o arquivo mágico "git-daemon-export-ok" e se recusará a exportar qualquer diretório Git que não tenha sido explicitamente marcado para exportação dessa maneira (a menos que o parâmetro --export-all seja utilizado). Caso passe alguns caminhos de diretórios como argumentos par ao git daemon, é possível restringir ainda mais as ofertas a uma lista de permissões composta por eles.

É predefinido que apenas o serviço upload-pack esteja ativo, o que atende aos clientes são o git fetch-pack e git ls-remote, que são chamados de git fetch, git pull e git clone.

Isso é o ideal para as atualizações de somente leitura, ou seja, extrair dos repositórios Git.

Também existe um upload-archive para servir o git archive .

OPÇÕES

--strict-paths

A coincidência exata dos caminhos (ou seja, não permita "/foo/repo" quando o caminho real for "/foo/repo.git" ou "/foo/repo/.git"), assim como, não faça caminhos relativos ao usuário. O git daemon se recusará a iniciar quando esta opção estiver ativa e nenhuma lista de permissões tenha sido especificada.

--base-path=<caminho>

Faça o remapeamento de todas as solicitações de caminho em relação ao caminho informado. Isso é meio que um "Git root" - caso você execute o comando git daemon com --base-path=/srv/git em example.com, caso tente obter mais tarde git://example.com/hello.git, git daemon interpretará o caminho como /srv/git/hello.git.

--base-path-relaxed

Caso --base-path esteja ativo e a pesquisa do repositório falhar, com esta opção o git daemon tentará procurar sem prefixar o caminho da base. É útil para alternar para o uso de --base-path, enquanto ainda for permitido os caminhos antigos.

--interpolated-path=<modelo-de-caminho>

Para dar suporte à hospedagem virtual, um modelo de caminho interpolado pode ser utilizado para construir dinamicamente os caminhos alternativos. O modelo é compatível com %H para o nome de host do destino, informado pelo cliente, porém é convertido minúsculas, %CH para o nome do host canônico, %IP para o endereço IP do servidor, %P para o número da porta e %D para o caminho absoluto do nome do repositório. Após a interpolação, o caminho é validado na lista branca de permissões do diretório.

--export-all

Permite puxar de todos os diretórios que se pareçam com os repositórios Git (possuem os subdiretórios objects e refs), mesmo que eles não tenham o arquivo git-daemon-export-ok.

--inetd

Faça o servidor funcionar como um serviço inetd. Implica no uso da opção --syslog (pode ser substituído com --log-destination=). É incompatível com as opções --detach, --port, --listen, --user e --group.

--listen=<host-ou-endereço-IP>

Ouça em um endereço IP ou nome de host específico. Os endereços IP podem ser um endereço IPv4 ou IPv6, se for compatível. Caso o IPv6 não seja compatível, a opção --listen=hostname também não será compatível assim como a opção --listen deverá receber um endereço IPv4. Pode ser utilizado mais de um vez. É incompatível com a opção --inetd.

--port=<n>

Ouça em uma porta alternativa. É incompatível com a opção --inetd.

--init-timeout=<n>

O Tempo limite (em segundos) entre o momento em que a conexão é estabelecida e a solicitação do cliente é recebida (geralmente um valor bastante baixo, pois esse deve ser imediato).

--timeout=<n>

Tempo limite (em segundos) para sub-solicitações específicas do cliente. Isso inclui o tempo que leva para o servidor processar a sub-solicitação e o tempo gasto aguardando a próxima solicitação do cliente.

--max-connections=<n>

A quantidade máxima de clientes simultâneos, a predefinição retorna para o valor 32. Defina como zero para não ter limites.

--syslog

É um atalho para --log-destination=syslog.

--log-destination=<destino>

Envie mensagens do registro log para o destino especificado. Observe que esta opção não implica no uso da opção --verbose, portanto é predefinido que apenas as condições de erro sejam registradas. O <destino> deve ser um dos seguintes:

stderr

Escreva para erro predefinido. Observe que caso --detach seja utilizado, o processo será desconectado do erro real predefinido, tornando esse destino efetivamente equivalente a none (nenhum).

syslog

Escreva para o syslog utilizando o identificador git-daemon.

none

Desativa todos os registros logs.

A predefinição para o destino é syslog caso --inetd ou --detach seja utilizado, caso contrário será o stderr.

--user-path
--user-path=<caminho>

Permita que a notação do usuário{tilde) seja utilizada nas solicitações. Quando especificado sem qualquer parâmetro, os pedidos para git://host/{tilde}alice/foo são tomados como pedidos para acessar o repositório foo no diretório inicial do usuário alice. Caso --user-path=path seja utilizado, a mesma solicitação será aceita como a de uma solicitação para acessar o repositório path/foo no diretório inicial do usuário alice.

--verbose

Registre os detalhes sobre as conexões recebidas e os arquivos solicitados.

--reuseaddr

Utilize SO_REUSEADDR ao ligar o soquete de escuta. Isso permite que o servidor reinicie sem aguardar o tempo limite das conexões antigas.

--detach

Desanexe do shell; Implica no uso da opção --syslog.

--pid-file=<arquivo>

Salva a identificação do processo em arquivo. Ignorado quando o daemon é executado como --inetd.

--user=<usuário>
--group=<grupo>

Altere o uid e o gid do daemon antes de entrar no loop de serviço. Quando apenas o --user é informado sem o --group, o ID do grupo primário para o usuário é utilizado. Os valores da opção são informados para getpwnam(3) e getgrnam(3) e os IDs numéricos não são compatíveis.

Usar estas opções é um erro quando utilizado em conjunto com --inetd; utilize o recurso do inet daemon para obter o mesmo efeito antes de gerar o git daemon, caso seja necessário.

Como muitos programas que alternam o ID do usuário, o daemon não redefine as variáveis de ambiente como $ HOME quando executa programas como o git, por exemplo, o upload-pack e receive-pack. Ao usar esta opção, você também pode definir e exportar HOME para apontar para o diretório inicial do <usuário> antes de iniciar o daemon e verifique se todos os arquivos da configuração do Git nesse diretório são legíveis pelo <usuário>.

--enable=<serviço>
--disable=<serviço>

Ativa ou desativa o serviço em todo o site por predefinição. Observe que um serviço desativado em todo o site ainda pode ser ativado por repositório caso esteja marcado como substituível e o repositório ativar o serviço com um item de configuração.

--allow-override=<serviço>
--forbid-override=<serviço>

Permitir ou proibir a reposição da predefinição em todo o site através da configuração do repositório. É predefinido que todos os serviços possam ser substituídos.

--[no-]informative-errors

Quando os erros informativos são ativados, o git-daemon reportará os erros de forma mais detalhada ao cliente, diferenciando as condições como "nenhum repositório desse tipo" de "repositório não exportado". Isso é mais conveniente para os clientes, mas pode vazar as informações sobre a existência de repositórios não exportados. Quando os erros informativos não estão ativados, todos os erros relatam "acesso negado" ao cliente. A predefinição é --no-informative-errors.

--access-hook=<caminho>

Sempre que um cliente se conectar, primeiro execute um comando externo especificado pelo <caminho> com o nome do serviço (por exemplo, "upload-pack"), o caminho para o repositório, nome do host (%H), nome do host canônico (%CH), o endereço IP (%IP) e a porta TCP (%P) como os seus argumentos na linha de comando. O comando externo pode decidir recusar o serviço saindo com uma condição diferente de zero (ou permitir com uma condição igual a zero). Ele também pode examinar as variáveis do ambiente $REMOTE_ADDR e $REMOTE_PORT para aprender sobre o solicitante ao tomar essa decisão.

O comando externo pode, opcionalmente, gravar uma única linha em sua saída padrão para ser enviada ao solicitante como uma mensagem de erro quando ele recusar o serviço.

<diretório>

Um diretório a ser adicionado à lista branca dos diretórios permitidos. A menos que --strict-paths seja especificado, isso também incluirá subdiretórios de cada diretório informado.

SERVIÇOS

Estes serviços podem ser ativados ou não globalmente utilizando as opções da linha de comando deste comando. Caso um controle mais refinado seja necessário (para permitir que o git archive seja executado apenas em alguns repositórios selecionados que o daemon serve por exemplo), o arquivo da configuração por repositório pode ser utilizado para ativá-los ou não.

upload-pack

Isso serve aos clientes git fetch-pack e git ls-remote. A predefinição é estar sempre ativo, porém um repositório pode desativá-lo definindo o item da configuração daemon.uploadpack como false.

upload-archive

Isso serve ao git archive --remote. A predefinição é estar desativado, porém um repositório pode ativá-lo definindo o item da configuração daemon.uploadarch como true.

receive-pack

Serve aos clientes 'git send-pack, permitindo um impulsionamento (push) anônimo. A predefinição é estar desativado, pois não há autenticação no protocolo (em outras palavras, qualquer pessoa pode enviar algo para o repositório, incluindo fazer a remoção de referências). Isso serve apenas para uma configuração LAN fechada, onde todos são amigáveis. Este serviço pode ser ativado definindo o item da configuração daemon.receivepack como true.

EXEMPLOS

Assumimos o seguinte em /etc/services
$ grep 9418 /etc/services
git		9418/tcp		# Controle de Versão do Sistema Git
git daemon como um servidor inetd

Para configurar o git daemon como um serviço inetd que lida com qualquer repositório no conjunto de diretórios da lista branca do /pub/foo e /pub/bar, coloque uma entrada em /etc/inetd, tudo em uma linha:

	git stream tcp nowait nobody  /usr/bin/git
		git daemon --inetd --verbose --export-all
		/pub/foo /pub/bar
git daemon como servidor inetd para hosts virtuais

Para configurar o git daemon como um serviço inetd que lida com repositórios com diferentes hosts virtuais, www.example.com e www.example.org, coloque uma entrada como a seguinte em /etc/inetd tudo em uma linha:

	git stream tcp nowait nobody /usr/bin/git
		git daemon --inetd --verbose --export-all
		--interpolated-path=/pub/%H%D
		/pub/www.example.org/software
		/pub/www.example.com/software
		/software

Neste exemplo, o diretório na raiz /pub conterá um subdiretório para cada nome de host virtual compatível. Além disso, os dois hosts anunciam os repositórios simplesmente como git://www.example.com/software/repo.git. Para clientes anteriores à 1.4.0, um link simbólico de / software para o repositório predefinido também pode ser feito.

O git daemon como daemon regular para hosts virtuais

Para configurar o git daemon como um serviço regular e não como inetd que lida com repositórios para vários hosts virtuais com base em seus endereços IP, inicie o daemon desta maneira:

	git daemon --verbose --export-all
		--interpolated-path=/pub/%IP/%D
		/pub/192.168.1.200/software
		/pub/10.10.220.23/software

Neste exemplo, o diretório no nível raiz /pub conterá um subdiretório para cada endereço IP do host virtual compatível. Porém, os repositórios ainda podem ser acessados pelo nome do host, supondo que coincidam com estes endereços IP.

ativar ou desativar seletivamente os serviços por repositório

Para ativar faça git archive --remote e desative o git fetch em um repositório, faça o seguinte no arquivo de configuração no repositório (que é o arquivo config próximo ao HEAD, refs e 'objects ').

	[daemon]
		uploadpack = false
		uploadarch = true

VARIÁVEIS DO AMBIENTE

O git daemon configurará o REMOTE_ADDR para o endereço IP do cliente conectado a ele caso o endereço IP esteja disponível. O REMOTE_ADDR estará disponível no ambiente dos chamados ganchos quando os serviços forem executados.

GIT

Parte do conjunto git[1]

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